Sua notícia diária em primeia mão!
domingo 8, junho, 2025
Sua notícia diária em Primeira mão!
domingo 8, junho, 2025
Desde Março de 2018

-

spot_img

Fumaça e silêncio: Conclave é preparado no Vaticano sem Becciu, condenado por corrupção

O Vaticano vive um de seus momentos mais solenes. A poucos dias do Conclave marcado para 7 de maio, o clima é de expectativa, cautela e forte articulação interna entre os cardeais. A instalação da chaminé na Capela Sistina — símbolo máximo da eleição papal — foi concluída nesta sexta-feira (2), selando o início do cerimonial que culminará na escolha do novo líder da Igreja Católica.

Com 135 cardeais eleitores de todo o mundo, o Conclave será o primeiro desde 2013, quando Jorge Mario Bergoglio foi eleito como Papa Francisco. A renúncia do argentino, anunciada discretamente em fevereiro e concretizada em abril por motivos de saúde e idade, abriu caminho para uma sucessão marcada por tensões internas, escândalos financeiros e disputa entre correntes conservadoras e reformistas.


Becciu fora do Conclave: pressão interna e cartas do Papa motivam renúncia

Um dos elementos que mais tensionaram o período pré-Conclave foi a presença — agora descartada — do cardeal Giovanni Angelo Becciu, condenado em 2023 a cinco anos e meio de prisão por peculato e abuso de poder. Becciu estava no centro do maior escândalo financeiro recente da Santa Sé, envolvendo uma compra fraudulenta de um imóvel em Londres com recursos da Secretaria de Estado do Vaticano.

Mesmo após a condenação, o cardeal mantinha seu direito canônico de voto. No entanto, duas cartas assinadas por Francisco — uma de 2021, outra de março de 2025 — expressavam o desejo de que ele se abstivesse da eleição. A pressão aumentou nos últimos dias, até que Becciu anunciou oficialmente sua retirada do processo em nome da “serenidade do Conclave e do bem da Igreja”.

A decisão foi vista nos bastidores como estratégica, evitando que a votação fosse contaminada por disputas morais e jurídicas que poderiam comprometer sua legitimidade. A ausência do cardeal, contudo, escancara o desafio do próximo pontífice em lidar com as feridas abertas por décadas de má gestão financeira e falta de transparência institucional.


Chaminé instalada, portas fechadas: ritual de escolha será rigoroso

A Capela Sistina foi selada nesta sexta-feira para o início dos procedimentos internos do Conclave. A tradicional chaminé, por onde sairá a fumaça preta (voto inconclusivo) ou branca (papa eleito), já está funcionando em testes. A sala onde ocorrerão as votações foi varrida por especialistas em segurança e contraespionagem, e os cardeais foram informados sobre as normas de absoluto sigilo.

O procedimento prevê até quatro votações por dia, duas pela manhã e duas à tarde. Um candidato precisa de dois terços dos votos para ser eleito — neste caso, 90 votos. Se não houver decisão nos primeiros dias, o Conclave pode se alongar, embora fontes próximas ao Colégio Cardinalício apontem que a expectativa é de uma escolha rápida.


Nomes cotados e cenários: Parolin, Tagle e o perfil desejado

Entre os mais cotados para suceder Francisco estão o cardeal-secretário de Estado Pietro Parolin, nome italiano de perfil diplomático e institucional, e o cardeal filipino Luis Antonio Tagle, de linha pastoral mais próxima à de Francisco, com apelo junto às Igrejas do Sul Global.

Outros nomes correm por fora, como o húngaro Péter Erdő (conservador moderado), o canadense Marc Ouellet e o arcebispo de Boston, Sean O’Malley. O equilíbrio entre continuidade e renovação será o principal dilema: manter o legado de Francisco em temas como meio ambiente, migração e combate aos abusos, ou adotar um retorno a diretrizes mais tradicionalistas.


Opinião pública e desafio moral: herança de Francisco ainda divide a Cúria

Embora as cerimônias e rituais se mantenham imutáveis há séculos, o Conclave de 2025 ocorre sob a vigilância da opinião pública global, cada vez mais crítica quanto à forma como o Vaticano lida com escândalos, abusos e sua própria governança. A saída de Becciu foi um o para aliviar tensões, mas as pressões por reformas profundas devem continuar.

O novo papa, quando eleito, herdará uma Igreja em transformação. Francisco abriu caminhos, provocou rupturas e deixou pontes. Cabe agora aos cardeais decidirem se a fumaça branca anunciará um nome disposto a atravessar essas pontes ou erguer novos muros.

Link para compartilhar:

Últimas noticias

Marcelo Martins, voz de hits mundiais e compositor de grife no Brasil, lança “Reconectar” na semana dos Namorados como manifesto pelo amor e pela...

Autor de sucessos como “Na Linha do Tempo” e “Incondicional”, artista estreia o projeto Surfnejo com uma canção que...

Temporada de praias no Tocantins impulsiona corrida por moda praia na Região da 44 em Goiânia

Com investimento de R$ 30 milhões do governo estadual, temporada 2025 promete aquecer o turismo, o comércio e leva...

Léo Foguete se emociona ao subir ao palco no São João de Caruaru e conquista o coração do público

Natural de Petrolina, cantor chorou no início da apresentação e virou símbolo da luta e da conquista popular na...

ExpoSilva reúne milhares em Silvanópolis com show de Amado Batista e presença do vice-governador Laurez Moreira

Festival agropecuário celebra tradição sertaneja, movimenta a economia local e reforça o papel do agronegócio familiar no Tocantins  Com grande...
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_img

Andrea Arru se consolida como estrela de “Di4rios” e promessa global da nova geração

Ator italiano conquista o público jovem com protagonismo sensível na série da Netflix, estilo próprio fora das telas e...

Justin Bieber em silêncio: saúde, reclusão e o desgaste da superexposição

Mesmo entre os artistas mais ouvidos do mundo, cantor se afasta da mídia, interrompe lançamentos e fortalece debate sobre...
spot_imgspot_imgspot_img
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img