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Editorial: Maio se despede: a chuva cessa — e as desculpas também

Maio se despede. A chuva cessa. E com ela deveriam cessar também as desculpas. Chegamos ao fim do quinto mês. Não é só mais uma folha que vira no calendário. É uma linha que se traça entre quem governa de verdade — e quem até agora ficou preso no discurso, na promessa e na protelação.

Maio é um mês simbólico. É o mês das mães, da fertilidade, do cuidado e do recomeço. Na mística popular, é o mês que marca ciclos: o fim das chuvas e o início da seca, que acompanha o Tocantins até a primeira quinzena de outubro. Na política, deveria representar o mesmo: o fim dos discursos e o início da entrega.

Não dá mais para aceitar que, cinco meses depois de tomarem posse, prefeitos — especialmente na capital, Palmas — sigam repetindo mantras como “estamos organizando a casa”, “ajustando contratos” ou “revisando projetos”.

As nuvens se foram. A transição acabou. A desculpa das chuvas não cabe mais.

O Tocantins inteiro entra agora na estação da seca. E a seca, todo tocantinense sabe, não perdoa. Ela exige preparo, planejamento e gestão de verdade. Palmas, como capital, sente essa cobrança de forma ainda mais intensa. Porque aqui, onde estão concentrados os maiores orçamentos, os maiores desafios e a maior população, a resposta do poder público precisa ser proporcional.

As ruas sabem. Os bairros sabem. Quem vive na ponta, na periferia, no comércio, na zona rural, sabe que o tempo das promessas ficou em janeiro. Quem não começou, não começa mais. E quem acha que o povo está distraído, se engana — porque a cidade inteira assiste, anota e cobra.

Se despede o maio das mães. Se despede o maio das chuvas. E, junto, deve se despedir também o maio das justificativas.

O que se espera agora dos prefeitos do Tocantins — e, principalmente, da gestão de Palmas — não é mais discurso, não é mais planejamento, não é mais promessa. É execução. É entrega. É resultado.

Porque a seca chegou. E ela não espera. E ela não aceita desculpas.

Ficam para trás as justificativas da transição, do começo, das chuvas, dos contratos, dos ajustes e das licitações demoradas. O que fica agora é a realidade nua e crua: a cidade quer serviço, quer obra, quer saúde funcionando, quer infraestrutura entregue, quer resultado visível.

Quem governa para a cidade, governa. Quem governa para o Diário Oficial, para os contratos ou para o próprio grupo político, também já deixou isso claro — e a cidade inteira percebe.

Maio se despede. As nuvens se vão. A seca começa. E, com ela, o povo se levanta — mais atento, mais crítico e mais preparado para cobrar.

Porque se a chuva cessa, as desculpas também.

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